Sébastien Joachim

Este blog é um meio de comunicação entre o professor e seus alunos.

domingo, 21 de março de 2010

Primeira Aula

Feliz de rever mais uma vez alguns antigos alunos .
Hoje temos tocado no recorte que fiz dentro da Poética do Imaginário
cujos maiores porta-voz são: Bachelard, Durand, Eliade, Jean Burgos, e
Ricoeur.
Disse que vamos ficar apenas com o Estudo do Mito, chamado Mitodologia ou
Mitopoética. E dentro desta Mitodologia, selecionamos o Mito das Origens. Neste mito, um aspecto muito especial é a Simbólica do Mal. `Procuraremos pela varredura de certas obras de que maneira um mito do mal se introduziu no mundo, quais são os seus tipos e arquétipos, por que grandes obras se transmitem e circulam esses mitos, qual é seu poder criador e recriador., quais são as famílias de figuras além da metáforas que os presentificam nos textos de arte e de literatura. Dizem que são: imagens, símbolos, pos, schemas, Qual é a característica de cada figura sob a qual se esconde ou se torna visível o mito.
O mal nos requer por que é uma realidade que nos cinge por toda parte. Sem ser de nossa natureza, pois ele vem de fora, resta que ele se incorpora em nós. E nos manipula. Prestaremos uma atenção especial às diversas figuras ou hipostases do mal na História, no cotidiano e na sua inscrição textual., no modo de analisá-lo depois a sua detecção, ao dinamismo que imprime à literatura e à arte. Pois como tive a ocasião de dizer citando o escritor francês André Gide: não se faz boa arte com bom sentimento, e-- de um outro ponto de vista- :Povo feliz é povo sem história.
Tratei desde a primeira aula da re=escritura que será um tema privilegiado nesta disciplina.
Critiquei também a Literatura comparada que se mete em tudo e acaba por não saber o que é a comparação.Era uma digressão que se tem prolongado por uma outra : o mal em nossa vida política.
Mas a tônica da aula era mesmo a questão da onipresença do mito e da reescritura em nossa literatura e na literatura mundial. Demonstrar isto era uma forma de dizer que o mal vai nos acompanhar também como temática privilegiada.
Fernando Oliveira tem feito uma brilhante intervenção sobre Osmans Lins e Rogério sobre a re-escritura.
Encerrei com uma rápida classificação das imagens com J.J. Wunenburger (texto francês). Mas será um assunto a retomar numa próxima aula.
Foram distribuídos alguns textos de referências , antes de nos separar.

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